Tópico 5

Necessidades Educacionais Específicas mais comumente encontradas nas escolas

Educação Inclusiva

ícone audiobook
O que nós devemos incluir? 
A inteligência, a potencialidade cognitiva, 
a criatividade, a intelectualidade de todas as crianças 
em idade escolar.

O Censo Escolar de 2020 apontou que há, no Brasil, 1,3 milhão de crianças e jovens com necessidades especiais na Educação Básica. Desses, apenas 13,5% estavam em salas ou escolas exclusivas, enquanto 86,5% estudavam em escolas e turmas regulares, junto aos demais estudantes. 

Descrição de imagem: a figura apresenta um gráfico composto por cinco barras e os títulos “Total, Federal, Estadual, Municipal e Privada”, as legendas “Classe comum e Classe especial” e o título “NÚMERO DE MATRÍCULAS DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIA, TRANSTORNOS GLOBAIS DO DESENVOLVIMENTO OU ALTAS HABILIDADES EM CLASSES COMUNS E EM CLASSES ESPECIAIS EXCLUSIVAS, SEGUNDO A DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVAS - BRASIL - 2021”.

Esses dados são um retrato do reconhecimento social da educação como direito humano inalienável, ou seja, inerente a todas as pessoas. A crescente busca dos estudantes com necessidades educacionais específicas e suas famílias pelo acesso à escola regular confirma, em um mesmo movimento, a força das ações afirmativas na promoção da equidade, e a urgência no desenvolvimento de uma cultura inclusiva, a começar pelo ambiente escolar. 

A inclusão escolar de todos os estudantes nas classes comuns do ensino regular é um processo que deve ser conduzido com cautela, zelo e respeito pelo indivíduo e suas famílias.  Entretanto, a plena inclusão nunca se efetivará sem a prática inclusiva, sem o esforço presente para superação das dificuldades, sem a adoção de medidas que possam gerar resultados no futuro, sem o fomento da cultura inclusiva nas escolas, na comunidade, na sociedade (SESP, 2021).

E como não se pode mudar aquilo que não se conhece, essas Diretrizes, balizadas pela perspectiva legal e contemporânea da inclusão, propõem um estudo introdutório sobre as principais características e atitudes e práticas inclusivas relacionadas às necessidades educacionais específicas mais comumente encontradas nas escolas brasileiras. 

Vale reiterar que cada indivíduo é único. Mesmo que diagnósticos idênticos apresentem quadros sintomatológicos idênticos, crianças e jovens que recebem tais diagnósticos não são idênticos uns aos outros; têm modos diferentes de ser-estar-agir no mundo e de aprender.

Deficiência Física

É a alteração completa ou parcial de um ou mais segmentos do corpo humano, que acarreta o comprometimento da mobilidade e da coordenação geral, podendo também afetar a fala, em diferentes graus. 

Para pessoas com deficiência física, a cadeira de rodas, o andador, muletas e bengalas são extensão do seu corpo. Por isso, nunca se apoie ou mova algum deles sem a permissão de quem os utiliza. 

Use o termo adequado: Pessoa com deficiência física.

Símbolo Internacional da Deficiência Física.

A seguir, veja alguns pontos importantes sobre inclusão:

Atitudes que favorecem a inclusão

Algumas atitudes importantes favorecem a inclusão. São elas:

  • Oferecer ajuda e aguardar que o estudante diga como proceder.
  • Garantir que os espaços físicos da escola tenham acessibilidade arquitetônica (rampas, elevadores, piso antiderrapante). 
  • Ficar à vontade ao utilizar vocábulos como 'correr' ou' caminhar', pois eles também pertencem ao universo das pessoas com deficiência. 
  • Possibilitar a participação dos estudantes com deficiência física na discussão de projetos de reforma ou construção de novos prédios, com vistas a garantir a acessibilidade deles. 

Cadeira de rodas 

  • Durante conversas longas, procure se sentar para ficar no mesmo nível do olhar do estudante cadeirante. 
  • Evitar apoiar-se na cadeira de rodas. 
  • Manusear a cadeira de rodas em "marcha à ré" sempre que for ajudar o estudante a descer rampas ou degraus, evitando que ele perca o equilíbrio e caia para frente. 
  • Organizar a sala de aula, preferencialmente em semicírculo, permitindo a mobilidade do estudante em cadeira de rodas. 

Andador ou Muletas 

  • Acompanhar o ritmo da marcha do estudante usuário de muletas ou de andador. 
  • Colaborar na acomodação do estudante, de modo que as muletas ou o andador estejam sempre ao seu alcance. 

Nanismo 

  • Adaptar as alturas de mobiliários e equipamentos no ambiente escolar, favorecendo a autonomia do estudante com nanismo. 
  • Adaptar materiais didáticos e escolares para garantir seu uso autônomo.

Saiba Mais

A seguir, abordaremos o tema de Deficiência Visual.

Deficiência visual

É a perda ou redução da capacidade visual em um ou ambos os olhos em caráter definitivo, que não pode ser melhorada ou corrigida com o uso de lentes, tratamento clínico ou cirúrgico.

O nível de acuidade visual pode variar entre:

  • Cegueira - perda total da visão ou pouquíssima capacidade de enxergar. 
  • Baixa visão - comprometimento do funcionamento dos olhos, mesmo após tratamento ou correção. 
  • Visão monocular - visão igual ou inferior a 20% em um dos olhos, enquanto no outro mantém visão normal.
  • Surdocegueira - conjunto simultâneo de perda ou comprometimento auditivo e visual.

Use o termo adequado: Pessoa com deficiência visual; cego; surdocego. 

Conheça o símbolo Internacional da Deficiência Visual.

Descrição de imagem: a figura apresenta três quadros com bonecos brancos e as palavras “Bengala Branca, cego, Bengala verde, baixa visão, bengala vermelha, surdocego”.

A seguir, abordaremos um tema importante, sobre as atitudes que favorecem a inclusão.

Atitudes que favorecem a inclusão

Algumas atitudes importantes favorecem a inclusão. São elas:

  • Oferecer ajuda sempre que o estudante parecer necessitar, mas sempre perguntando antes de agir e solicitando explicações sobre como fazê-lo. 
  • Ao guiar uma pessoa cega, oferecer o cotovelo ou o ombro e deixar que ela se apoie; não puxá-la pelo braço ou bengala. 
  • Utilizar com naturalidade termos como “cego”, “ver” e “olhar”. Os cegos também os utilizam. 
  • Se o estudante estiver acompanhado de cão-guia, cujo acesso é permitido a qualquer ambiente, não faça carinho no animal para não distraí-lo de sua função. 
  • Auxiliar o estudante cego no reconhecimento do espaço físico da escola: salas de aula, sanitários, cantina, reprografia, secretaria, gabinete de docentes, laboratórios, biblioteca, etc. 
  • Compreender que os sentidos remanescentes – tato, audição, paladar e olfato – possibilitam a ampliação de possibilidades na obtenção de informações originadas no meio externo. 
  • Falar diretamente com o estudante, nunca por intermédio dos acompanhantes. 
  • Utilizar recursos didáticos com diferentes texturas em caso de apresentação de gravuras. 
  • Garantir a audiodescrição feita por colegas, quando da utilização de vídeos ou imagens. 
  • Descrever os experimentos realizados em aulas práticas e, quando possível, possibilitar a exploração tátil-olfativa do material utilizado. 
  • Disponibilizar em formato digital textos, slides e vídeos utilizados durante a aula, para que o estudante os acesse por meio dos recursos de Tecnologia Assistiva. 
  • Possibilitar diferentes instrumentos de avaliação, como: prova em Braille, prova oral, apresentação de seminários, portfólios, entre outros. 
  • Garantir participação plena em atividades de campo e sociais. 
  • Permitir o uso, durante as aulas, do gravador, da máquina Braille, de computador com programas sintetizadores de voz e ledores de texto. 
  • Disponibilizar mais tempo para o cumprimento das tarefas e diminuir o número de exercícios e textos, caso seja necessário. 
  • Garantir a presença de ledores/transcritores nos momentos das atividades avaliativas.

Saiba Mais

A seguir, abordaremos um tema importante sobre Deficiência Auditiva.

Deficiência auditiva

É a dificuldade para ouvir ou entender mensagens sonoras devido à redução ou à ausência da capacidade de audição de determinados sons, em diferentes graus de intensidade, que podem ir de leve a profundo. 

Há pessoas com deficiência auditiva que usam aparelho, que se comunicam oralmente em português, fazem leitura labial ou, ainda, que utilizam a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS).

Use o termo adequado: Pessoa com deficiência auditiva; Surdo. 

Conheça o símbolo Símbolo Internacional da Deficiência Auditiva.

A seguir, abordaremos um tema importante, sobre as atitudes que favorecem a inclusão.

Atitudes que favorecem a inclusão

Algumas atitudes importantes favorecem a inclusão. São elas:

  • Para iniciar uma conversa com o estudante surdo, acene ou toque levemente em seu ombro ou braço. 
  • Fale diretamente com o estudante, não com seu acompanhante. 
  • Se necessário, comunicar pela escrita, com mímicas, gestos ou recursos visuais, para indicar o que quer dizer. 
  • Falar pausadamente, movimentando bem os lábios, com o tom normal de voz e mantendo contato visual.  
  • Aprender a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) para o estabelecimento de interação com o estudante surdo. 
  • Organizar a classe de modo que o estudante possa visualizar os movimentos orofaciais dos seus professores e colegas. 
  • Compreender e assegurar o papel do intérprete de LIBRAS nos diferentes ambientes de aprendizagem. 
  • Reconhecer a diferença linguística na escrita de textos por estudantes surdos devido à sua condição específica. 
  • Utilizar o closed caption/legenda oculta quando for exibir filmes ou documentários. 
  • Levar avisos visuais em atividades extraclasses. 
  • Promover a participação do estudante nos debates em sala de aula. 
  • Priorizar o uso de metodologias ativas e em grupo, que favoreçam a interação entre surdos e ouvintes. 
  • Utilizar diferentes instrumentos de avaliação. 
  • Identificar visualmente o estudante que faz intervenções durante a aula para que o surdo possa acompanhar a intervenção. 
  • Ampliar o tempo para a realização de provas e atividades avaliativas, se necessário. 

A seguir, abordaremos um tema importante, sobre Deficiência Intelectual.

Leitura Concluída

Selecione o botão avançar para seguir para a próxima tela.

VoltarAvançar
Copyright ©  1972 - 2023 - Todos direitos reservados à UBEC.