Sobre as estratégias e instrumentos avaliativos para além das provas, veja as informações a seguir:
Quadro 5: Avaliação formativa.
Fonte: Diniz (2020); Markham, Larmer, Ravitz (2008), com adaptações dos autores.
A escola precisa compreender o erro nos processos avaliativos como um recurso pedagógico importante para o levantamento de hipóteses e o desenvolvimento de uma perspectiva crítica, criativa e investigativa para novas abordagens voltadas ao ensino e à aprendizagem. Para tanto, as estratégias pedagógicas e os instrumentos avaliativos devem ser revisitados e ressignificados.
Avaliação da aprendizagem nas diferentes etapas da Educação Básica Educação Infantil
Na concepção das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (BRASIL, 2009, Art. 4º), a Educação Infantil considera a criança como sujeito histórico e de direitos que nas interações, relações e práticas cotidianas que vivencia constrói sua identidade pessoal e coletiva, brinca, imagina, fantasia, deseja, aprende, observa, experimenta, narra, questiona e constrói sentidos sobre a natureza e a sociedade, produzindo cultura. Essas concepções devem fundamentar a sistemática de avaliação da educação infantil.
A avaliação, durante essa etapa, deve se constituir não como atividade pontual, mas como processo. Portanto, a avaliação na educação infantil refere-se àquela realizada no processo educativo, tendo como foco a criança, compreendida como sujeito e coautora do seu próprio desenvolvimento (BRASIL, 2009).
Diante do exposto, as diretrizes recomendam:
Destaque
As observações e os registros devem ser contextualizados, isto é, tomando as crianças concretas, em suas histórias de vida, seus ambientes sociais e culturais e co-construtoras de um processo dinâmico e complexo de desenvolvimento pessoal e social. Variados devem ser os registros, tais como a escrita, a gravação de falas, diálogos, fotografias, vídeos, os trabalhos das crianças etc. As professoras anotam, por exemplo, o que observam, as impressões e ideias que têm sobre os acontecimentos; descrevem o envolvimento das crianças nas atividades, as iniciativas, as interações entre as crianças etc. E usam esses registros para refletir e tirar conclusões visando aperfeiçoar a prática pedagógica (BRASIL, 2009, p. 14).
A avaliação deve ser realizada sempre considerando a criança em relação a si mesma e não comparativamente com as outras crianças, e nem aquela vinculada à expectativa do professor. Refere-se a um olhar que busca captar o desenvolvimento, as expressões, a construção do pensamento e do conhecimento, além de identificar seus potenciais, interesses, necessidades, pois esses elementos serão cruciais para o planejamento de atividades ajustadas ao momento que a criança vive. A avaliação ocorre de forma processual, diferenciada e nunca como ato formal de teste, comprovação, atribuição de notas e atitudes que sinalizem punição (BRASIL, 2009).
No contexto da avaliação na educação infantil e no ensino fundamental, um dos instrumentos pedagógicos indispensáveis é o relatório descritivo e individual sobre cada estudante. Esse documento destaca as qualidades, informa o que foi realmente aprendido e avalia o desenvolvimento socioemocional e acadêmico do estudante, tendo por fundamentação a BNCC (BRASIL, 2018).
Os registros elaborados pelo professor no relatório descritivo devem ser realizados com linguagem simples e objetiva, a fim de facilitar a compreensão das famílias. Normalmente, os relatórios são elaborados considerando um período letivo, que pode ser bimestral ou trimestral, a depender da organização curricular da escola.
No quadro a seguir, apresentamos algumas sugestões de itens que podem nortear a elaboração do Registro Descritivo Individual para a Educação Infantil:
Quadro 6: itens que podem nortear a elaboração do Registro Descritivo Individual para a Educação Infantil.
Fonte: Relatório individual de aluno: veja como fazer passo a passo. Disponível em: https://www.plannetaeducacao.com.br/portal/a/480/relatorio-individual-de-aluno-veja-como-fazer-passo-a-passo
A seguir, abordaremos um pouco mais sobre a Avaliação da Aprendizagem no Ensino Fundamental.
A Avaliação da Aprendizagem no Ensino Fundamental 1
A avaliação da aprendizagem no Ensino Fundamental não deveria seguir padrões ou mecanismos de seleção ou classificação, mas é o que ocorre no Brasil em decorrência da cobrança de resultados das avaliações externas. Em vez de somente selecionar ou classificar os estudantes, deve-se valorizar os saberes adquiridos, considerando que tanto os acertos quanto os erros são importantes indicadores para o aperfeiçoamento do ensino e da aprendizagem.
Na perspectiva da Pedagogia Cognitivo-Afetiva, as avaliações devem ser consideradas como aliadas da realidade escolar, haja vista ter como objetivo a melhoria dos processos de ensino e de aprendizagem. Os resultados não devem ser compreendidos como ponto de chegada, mas como partida para novas ações e intervenções pedagógicas que contribuam com a superação das dificuldades de aprendizagem.
Nesse sentido, podem ser adotados vários procedimentos de avaliação da aprendizagem, que complementam o processo já consolidado de avaliação por provas, quais sejam: avaliação por pares, portfólio, registros reflexivos, seminários, pesquisas, trabalhos em grupo, autoavaliação, entre outros.
Avaliação da aprendizagem no Ensino Fundamental 2 - Anos finais
A Cultura Maker é uma evolução do “Do it yourself” ou, em português, “Faça você mesmo”. Tem como principal objetivo mobilizar o potencial crítico e criativo das pessoas, fazendo com que pensem “fora da caixa”.
Saiba Mais
A seguir, veja um pouco sobre como aplicar a cultura maker na educação, observando o Construtivismo e o Construcionismo.
Quadro 7: O que é cultura maker e como aplicá-la na educação
Construtivismo: Desenvolvido pelo psicólogo suíço Jean Piaget, na década de 1920, o construtivismo considera que há uma construção de conhecimento por meio de uma interação constante da criança com o mundo que a cerca. No construtivismo, o estudante é o protagonista de seu conhecimento e produtor de cultura; já o professor é um importante mediador do processo de ensino e de aprendizagem e o estudante é sujeito ativo desse processo. A investigação constante do ambiente e a interação com objetos são fortemente incentivadas pelo construtivismo.
Construcionismo: Proposto pelo educador e matemático Seymour Papert, o construcionismo tem como princípio estimular a aprendizagem pelo incentivo de ações concretas que geram um produto – seja esse produto um objeto, um texto, uma pintura ou uma apresentação no computador. Assim, os próprios alunos constroem as bases para se desenvolverem intelectualmente.
Por meio da avaliação na perspectiva da cultura Maker, considerando a BNCC (BRASIL, 2018), é possível desenvolver as seguintes competências:
- exercitar a curiosidade;
- recorrer à imaginação e à criatividade;
- utilizar diferentes linguagens para se comunicar;
- compreender tecnologias digitais;
- formular e defender ideias.
A seguir, abordaremos pontos importantes sobre o Ensino Médio.